Um grupo de colaboradores brasileiros da Ericsson revelou sua recente invenção: o Services Provision Node and Method – plataforma que possibilita a oferta e a negociação de serviços de IoTs, de consumidores para consumidores, sem a necessidade de um background técnico de desenvolvimento ou programação. A ideia é ter um market place onde todos possam conectar seu dispositivo IoT e vender ou comprar um produto ou serviço registrado na plataforma. No sistema, será possível visualizar ou interagir com o objeto a ser comprado.
De acordo com o grupo de inventores, uma das motivações principais para a criação dessa plataforma é poder aglutinar todos os dados, imagens, coordenadas e serviços que podem ser oferecidos por um aparelho IoT para que sejam ofertados em um único lugar. Além disso, “os usuários terão interação de consumidor para consumidor, não com uma empresa. É cada vez mais comum que as pessoas conectem as coisas à internet e, inclusive, já existem plataformas de monetização voltada a desenvolvedores. O nosso objetivo é permitir que o consumidor que não tem skills relacionados à tecnologia, possa, por exemplo, ofertar imagens, dados ou coordenadas captadas por ele próprio”, explica o grupo de inventores.
Para ilustrar como funciona a invenção, Luis Augusto, Engenheiro de Software da Ericsson e um dos co-autores da invenção, cita como exemplo um astrônomo amador com um telescópio conectado ao wi-fi. Segundo o inventor, ele poderia oferecer as imagens do seu telescópio para outros consumidores cobrando por isso. Já, o consumidor interessado em comprar essas imagens, teria algumas opções, como, por um valor mais baixo, comprar as imagens na direção em que o aparelho está no momento. Por um valor mais elevado, pode posicionar o telescópio como desejar e comprar essas imagens.
Outro modelo de negócio, seguindo a mesma lógica, é para pessoas que alugam a casa via Airbnb. Elas podem, via IoTs posicionadas na propriedade inteligente, climatizar o ambiente, desligar ou ligar luzes, testar equipamentos.
A aplicabilidade do sistema poderá ser vendida para clientes enterprise, que poderiam cobrar dos usuários através de assinaturas ou compras avulsas em um marketplace comum. A solução também poderá ser vendida para operadoras de telecom, que ofertariam a plataforma como um serviço agregado para o cliente. Assim, uma universidade, por exemplo, poderia oferecer o serviço para todas as suas escolas. Portanto, não necessariamente precisa ser para o grande público.
Além da variedade de aparelhos que podem ser vinculados e gerar e/ou ofertar conteúdo para a plataforma, outro grande diferencial é não haver necessidade de uma empresa ou instituição com background técnico de desenvolvimento e programação para que os serviços possam ser ofertados. A ideia dessa patente é que qualquer pessoa possa conectar seu dispositivo, escolher o serviço que será oferecido, definir um preço para o conteúdo que será vendido e, o consumidor do outro lado, além de poder comprar um serviço de diversos dispositivos, terá a possibilidade de executar um comando, conforme as capacidades técnicas do dispositivo conectado e o interesse do consumidor. Qualquer equipamento que permita digitalizar a informação e distribuir os dados poderá ser utilizado nessa plataforma.