Para promover esse debate, o evento Tecnobank 8M, realizado em 8 de março, em São Paulo, incentivou discussões sobre um futuro mais diverso e o papel dos homens como aliados nessa causa. Liderado pela jornalista e especialista em Diversidade e Inclusão, Maíra Donnici, o encontro surpreendeu pela expressiva adesão – não só das colaboradoras, mas dos colaboradores, que se reuniram presencial e remotamente, pela transmissão ao vivo no LinkedIn e YouTube.
Durante a abertura, Maíra apresentou um breve panorama sobre diversidade e equidade salarial no mercado de trabalho e elencou estereótipos sociais que oprimem mulheres de diferentes classes e idades, além das falácias sobre rendimento feminino e maternidade. Com diversos homens sentados na primeira fileira, a palestrante exaltou a relevância de tê-los como aliados nessa luta. “A maior parte dos problemas do mundo poderia ser evitada se nos colocássemos no lugar do outro. Por isso, a escuta ativa masculina é fundamental”, colocou.
O poder da representatividade
Adriana Saluceste, diretora de Tecnologia e Operações da Tecnobank, compartilhou sua experiência nesses segmentos, conhecidos por serem majoritariamente masculinos. “Durante boa parte da minha vida estudantil e profissional, eu fui ‘a única mulher da sala’. Para ser respeitada, sentia que precisava demonstrar mais conhecimento do que os meus colegas e parceiros de trabalho. Hoje, percebo como é essencial a presença de vozes femininas e diversas – e como é bom ter a minha voz respeitada”, conta.
Mãe há pouco mais de dois anos e responsável pelas diretorias de Relações Institucionais e de Comunicação da Tecnobank, Renata Herani salientou a importância de mulheres ocuparem posições estratégicas, para servirem de inspiração. “Se as lideranças têm um respeito genuíno às diferenças, esse valor ressoa em toda a equipe”, considera.
A representatividade também funciona como um recado para quem chega, já que mulheres no início de carreira se sentem motivadas quando veem outras ocupando espaços. Foi assim que Iasmim Mackoul, analista de Infraestrutura, ingressou na Tecnobank, há pouco mais de um ano. “Os exemplos de mulheres na alta liderança foram citados na entrevista de recrutamento e, entre outros, foi um motivo para eu querer fazer parte da equipe”, declara.
Aposta na gestão de competências
Mesmo sem cotas ou vagas afirmativas, a Tecnobank acredita que, para dar chance à diversidade, os processos seletivos precisam evitar vieses que possam comprometer a elegibilidade dos candidatos. Com essa finalidade, recrutadores e lideranças são orientados a não abordar temas considerados invasivos, especialmente para mulheres. “Não é incomum ouvir perguntas socialmente desenvolvidas para nós, como ‘é casada?’, ‘tem filhos?’, ‘como vai administrar trabalho e maternidade?’. Nos processos seletivos da Tecnobank, evitamos esse tipo de questionamento”, aponta a especialista em Desenvolvimento Humano Organizacional, Andréia Malaquias.
Paralelamente, a empresa compromete-se a um modelo de gestão de competências que garanta acessibilidade e condições igualitárias para todas as pessoas. “Quando se produz um cenário meritocrático, que prioriza a competência, conseguimos reduzir vieses que levem à escolha de um em detrimento de outro”, finaliza.
Por fim, a Tecnobank anunciou, no encerramento do evento 8M, um projeto para dar continuidade à discussão sobre gênero: um videocast de cinco episódios com grandes nomes femininos de diferentes setores da Economia, para contar histórias cativantes e trazer discussões sobre evoluções, complexidades e perspectivas em cada campo.
O evento Tecnobank 8M pode ser assistido na íntegra no YouTube da Tecnobank.