Presidente da Câmara Legislativa, deputado Wellington Luiz afirma a membros do Lide Brasília que aumento de impostos foi “desconfortável, mas inevitável”

Em sua fala no almoço-debate do Lide Brasília, na tarde desta quarta-feira (4), no Lago Sul, o presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado distrital Wellington Luiz (MDB), disse que a votação do Programa de Incentivo à Regularização Fiscal do Distrito Federal (Refis-DF 2023) e o aumento do ICMS de 18% para 20%, aprovados na terça-feira (3), foram necessários para a cidade. "Me senti extremamente desconfortável (em votar o aumento), mas com a consciência tranquila pelo dever cumprido. Tenho certeza de que se o governador Ibaneis (Rocha) pudesse, não teria mandado o projeto. Mandou porque o momento exige", destacou



Antes da palestra "A importância da Câmara Legislativa para o futuro da economia do DF", proferida pelo parlamentar, o vice-presidente do Nelson Willians Group e anfitrião do dia, Fernando Cavalcanti, saudou os presentes. Presente ao almoço-debate, o advogado Nelson Willians destacou ainda a honra de receber grandes empresários da cidade. "São pessoas que fazem as coisas acontecer na cidade, como empreendedores e parlamentares. É muito importante um espaço democrático como este, onde ideias são discutidas e as coisas começam a acontecer", acrescentou  

Presidente do Lide Brasília, o empresário Paulo Octávio destacou o contato permanente com os membros dos Três Poderes. "É importante que este relacionamento dos membros do Lide com os três poderes seja constante", afirmou. Ele também fez uma apresentação formal do palestrante e saudou o governador do DF, Ibaneis Rocha, e a vice-governadora, Celina Leão, que compareceram à palestra. "Este é um governo que conversa, dialoga e entende as questões empresariais", completou.  

Em sua palestra, Wellington Luiz relembrou que a sociedade brasiliense ainda sofre os efeitos do pós-Covid. "A gente sabe as consequências graves que isso nos trouxe. O gestor público tem de ter responsabilidade, e nem sempre a gente vota e aprova o que a gente quer ou gosta, como a votação do Refis", acrescentou. Sobre este ponto, o presidente da Câmara Legislativa disse que a aprovação também foi polêmica. "Mas era necessária para a recuperação da economia do DF e para dar uma oportunidade para que o empreendedor continue trabalhando", afirmou.

Sobre o aumento do ICMS, ele comparou o reajuste com uma decisão médica radical. "É mais ou menos um médico estar diante de um corpo doente e precisar amputar uma perna para que o paciente não morra. O que me dá muita tranquilidade é que temos um bom diálogo com os empresários. Nós somos representantes da vontade do povo e não podemos tomar decisões em antes ouvir o setor produtivo, que é fundamental para o DF", completou.

Wellington Luiz destacou ainda que há um canal constante de diálogo entre a Câmara Legislativa e o Poder Executivo. "Sempre tivemos bom relacionamento com o governador e com o secretariado. Esse governo é diferente e sensível e sou assumidamente da base. São mais de 3 mil obras em andamento, com um orçamento superior a R$ 3 bilhões", acrescentou. "Nós, na Câmara, temos feito a nossa parte. A oposição tem sido extremamente responsável e a base é presente", analisou.

Presente ao almoço-debate com os empresários, o governador Ibaneis Rocha agradeceu a aprovação dos dois projetos e afirmou que todos foram muito conscientes com a cidade. "Nós passamos por uma quebra de arrecadação muito grande por conta da redução do ICMS dos combustíveis e das telecomunicações, o que afetou as finanças do DF em mais de R$ 1,6 bilhão. Nós temos áreas que não podem parar, como saúde, educação, segurança e obras de infraestrutura", explicou, elogiando a harmonia no secretariado e entre os três poderes. "Estamos trabalhando pela cidade e os empresários têm sentido isso", completou, agradecendo a confiança dada ao GDF e à Câmara Legislativa.


Fotos: Pedro Santos.

O almoço do Lide Brasília contou com a presença dos desembargadores Roberval Belinati, que preside o Tribunal Regional Eleitoral, e Renato Schussel; dos conselheiros André Clemente, Inácio Magalhães, Manoel Andrade e Vinícius Fragoso, do Tribunal de Contas do DF;  dos deputados federais Reginaldo Veras (PDT) e Bia Kicis (PL); dos deputados distritais Doutora Jane (MDB), Jorge Vianna (PSD),  Daniel Donizet (PL), Iolando (MDB), João Cardoso (Avante), Joaquim Neto (PL), Martins Machado (Republicanos), Pepa (PP), Ricardo Vale (PT), Rogério Morro da Cruz (sem partido), Thiago Manzoni (PL) e Paula Belmonte (Cidadania) e dos secretários de estado Cláudio Abrantes (Cultura), Cristiano Araújo (Turismo), José Humberto Pires de Araújo (Governo) e Itamar Feitosa (Fazenda).

Também estiveram no almoço-debate presidentes de entidades empresariais, como Adalberto Valadão Junior (Sinduscon-DF), Henrique Severiano (ABIH-DF), Jael Antônio da Silva (Sindhobar), Luiz Afonso Assad (Asbraco), Leonardo Dávila (Codese-DF) e Sebastião Abritta (Sindivarejista-DF); e o general Valério Stumpf, presidente da Poupex/Fundação Habitacional do Exército, entre outros.

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