Prática dos pilares ESG na hotelaria garantem liquidez e ciclo saudável para o negócio


O setor emprega 7 milhões de pessoas no Brasil, responde por 8,1% do PIB e impacta 53 segmentos da cadeia produtiva

A hotelaria é um dos setores da economia com grande potencial para impactar positivamente o meio ambiente, a comunidade e a economia local. A demanda pela implantação de práticas ESG no setor tem crescido nos últimos anos. O período pós-pandemia tem mostrado que as pessoas estão mais preocupadas com a sustentabilidade e, por causa disso, optam preferencialmente por empreendimentos que estejam em fases mais avançadas de implantação dessas práticas. De acordo com o último relatório da Booking.com de Viagens Sustentáveis, 59% dos viajantes querem deixar os lugares que visitam melhor do que quando encontraram e 81% dos pesquisados em todo o mundo afirmam que viajar de forma sustentável é importante para eles. Para Izabella Alonso Soares, sócia da Alonso e Pistun Advocacia e consultora em ESG, “o setor demanda muitas mudanças e diagnósticos necessários não só para atender a legislação, mas também para conquistar novos clientes e fidelizar os antigos”, afirma.

Mas implantar essas práticas demanda método, capacitação e engajamento de todos os steakholders envolvidos. “É o engajamento de todos os colaboradores, fornecedores e consumidores que faz a prática ESG realmente gerar impactos sociais, ambientais e positivos para a própria empresa. Na hotelaria, esse é um desafio grande porque envolve muitos atores, mas é um dos setores com mais potencial de impactos positivos no entorno, seja no aspecto social quanto no ambiental”, explica Izabella.

A responsabilidade do setor hoteleiro para o avanço das práticas ESG no mercado é grande. Os hotéis também representam os setores imobiliário e da construção civil. “Mas a implantação de práticas ESG deve ser encarada como uma jornada para o empreendimento, respeitando o momento e a cultura de cada negócio. “Nós sempre iniciamos o projeto de implantação buscando diagnosticar o cenário atual para garantia da Conformidade Legal, estabelecendo com a organização o ´Mínimo ESG Necessário´ ao cumprimento das obrigações legais, considerando o potencial de transformação sustentável do empreendimento. Depois disso é que avançamos com a avaliação das oportunidades e construção do plano de ação, de políticas e diretrizes para a gestão e capacitação de líderes e integração de colaboradores com as iniciativas”, conclui Izabella. Além dos impactos socioambientais que o setor hoteleiro têm potencial de atingir, os negócios que adotam práticas ESG também valem mais no mercado. Investidores atualmente exigem o cumprimento de critérios ambientais e sociais e a prática dos pilares ESG também garantem um ciclo saudável para o negócio.


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