Brasal Incorporações de Uberlândia dá exemplo de cultura preventiva com redução de acidentes nos canteiros de obras
Os acidentes de trabalho ainda são uma realidade preocupante no Brasil. Em 2022, o país registrou 612,9 mil notificações, tendo 2,5 mil óbitos de acordo com dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Segundo o Ministério Público do Trabalho, a construção civil é responsável por cerca de 15% dos acidentes de trabalho, tendo como principais causas impactos com objetos, quedas, choques elétricos e soterramento ou desmoronamento.
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), apesar dos dados, nos últimos 10 anos vem se observando uma queda significativa no número de acidentes na indústria da construção formal e organizada, reflexo da adoção de medidas de proteção como a capacitação dos trabalhadores, a utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva, o cumprimento das normas regulamentadoras do setor e a fiscalização das condições de trabalho pelos órgãos competentes.
Pesquisa elaborada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em 955 canteiros de obras por todo o Brasil mostrou que, em 2022, esses setores investiram quase R$ 170 milhões em segurança do trabalho, sendo R$ 185 por mês em equipamentos de proteção individual para cada um dos 34,7 mil funcionários, totalizando R$ 77,2 milhões. Além disso, foram investidos mais de R$ 92,1 milhões em equipamentos de proteção coletiva nos canteiros de obras, uma média de R$ 8.045 por mês por obra. Em média, cada trabalhador da construção civil também recebeu 6,6 horas de treinamento preventivo por mês em 2022.
Redução de acidentes
Um exemplo de que medidas de prevenção podem reduzir o número de acidentes de trabalho está nos canteiros de obras da Brasal, onde atuam mais de 500 trabalhadores. De 2021 para 2022 houve uma redução de 54,16 % no número de pessoas acidentadas nos canteiros da Brasal Incorporações.
Para reduzir esse número, a incorporadora não apenas cumpre leis, mas também oferece constantes treinamentos para a equipe e colaboradores terceiros. “São cursos sobre Norma Reguladora (NR35), resgate em altura, brigadistas, operadores, entre outros. Temos uma cultura de prevenção, com inspeções e levantamentos dos riscos dos processos voltados para cada atividade, pensando sempre em resguardar as pessoas”, enfatiza Nilson Nogueira, engenheiro de Saúde, Segurança e Meio Ambiente.
Ainda de acordo com o engenheiro, os colaboradores são lembrados constantemente da obrigação e da necessidade de usar os EPIs como capacete de segurança com jugular, botinas de segurança, luvas e cinto de segurança para trabalho em altura "Os equipamentos de segurança não eliminam riscos de acidentes, mas ajudam a amenizar os danos e a gravidade de uma lesão que o trabalhador possa vir a sofrer”, salienta Nilson.
A empresa cumpre à risca as Normas Regulamentares (sendo as principais as NR’s 1, 7 e 18 e 35) e também adota outras medidas para minimizar os riscos de acidente nos canteiros de obra. Além disso, ainda instala os Equipamentos de Proteção Coletiva. “A prevenção de acidentes não se resume ao uso dos EPIs. As proteções coletivas e a organização no ambiente de trabalho são as principais medidas de gerenciamento dos riscos ocupacionais. Temos telas metálicas como sistema de guarda-corpo, telas piso a piso em todos os ambientes onde existem riscos de quedas, sistema SLQA que limita a queda de materiais no exterior da edificação em construção e linhas de vida, tanto em postes quanto instaladas em ambientes próximos à periferia das lajes todos projetados por profissionais legalmente habilitados”, explica.