Personalidades, economistas, juristas e políticos se uniram a milhares de pessoas dentro e fora do teatro da PUC, em defesa da democracia e das candidaturas de Lula e Haddad
Foto: Ricardo Strucket.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou na última semana de campanha levando a força das ruas para o ato realizado nesta segunda-feira (24/10), no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). No local popularmente conhecido como Tuca, o ex-presidente reuniu nomes como Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo, a ex-ministra Marina Silva, e a senadora Simone Tebet, além de dezenas de lideranças, artistas, intelectuais e presidentes de partidos. Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, enviou um vídeo em apoio.
Na área externa da instituição, milhares de pessoas assistiram ao evento através de telões. A mesa principal foi composta ainda por Lúcia França, Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad, Ana Estela Haddad, Márcio França, Geraldo Alckmin e Janja da Silva.
Na abertura da cerimônia, chamada 'Em defesa da democracia e do Brasil', a reitora Maria Amalia Andery destacou que existe uma simbologia das campanhas de Lula e Haddad por escolherem estar presentes, justamente pelo Tuca ser reconhecido como palco de resistência democrática. Em 2022, a invasão da PUC por policiais da Ditadura Militar completou 45 anos.
Teatro da PUC
Alckmin pediu que a militância tenha foco nesses dias que antecedem o segundo turno, e contou que, pela manhã, virou dois votos ao conversar com eleitores no elevador de um prédio.
"Nós temos seis dias para trabalhar. Este é um momento histórico. Quase um século depois da invasão da PUC nós estamos aqui outra vez para defender a democracia do mesmo lado daqueles jovens dos anos 1970. Estamos todos unidos para superar essa fase triste e o presidente Lula representa essa esperança, por isso o Bozo tem tanto medo, porque onde tem esperança e felicidade não tem ódio. E nós não queremos bolsonarista em São Paulo, por isso é Haddad governador e Lula presidente", discursou o candidato à vice-presidente da República.
Disputando o governo paulista, Haddad destacou que é necessário derrotar o fascismo no Brasil, representado por Bolsonaro. "As pessoas perderam a noção de o quanto a gente se rebaixou tendo essa figura como presidente da República. Estamos naturalizando as coisas sem perceber. Como um ex-deputado pode ter granadas na dispensa de casa e atirar em policiais?", questionou.
"O Lula está na frente e nós precisamos consolidar sua vitória domingo e, com um esforço de reta final, nós podemos derrotar o Tarcísio. São Paulo e o Brasil de mãos dadas, reconciliados, e podendo fazer tanto pelo nosso povo que tem pressa, porque não tem medicamento no posto, comida na mesa nem trabalho. Domingo vamos viver o alívio de virar a página do fascismo e quem sabe a alegria infantil de viver o sonho do Brasil e de São Paulo remando juntos", declarou Haddad.
Sem medo de ser feliz
O público ficou em pé para escutar Janja entoar a clássica 'Sem medo de ser feliz', enquanto crianças subiram ao palco e entregaram rosas brancas para os presentes. Neste clima, a estrela da noite foi chamada para discursar.
Visivelmente emocionado, Lula começou lamentando a fala de Bolsonaro sobre as meninas venezuelanas. "O atual presidente da República confundiu uma menina venezuelana de 14 anos como se ela fosse um objeto sexual. Ele, no cargo de presidente da República, jamais poderia ter tido a atitude de pedófilo que ele teve, não respeitando uma criança de 14 anos de idade", criticou.
Os episódios de racismo contra Seu Jorge e Eddy Junior, que viralizaram na última semana, além do caso Roberto Jefferson, também foram citados como exemplos de situações graves que só podem acontecer em um país desgovernado. Lula então, falou que o Brasil precisa ser protagonista de sua própria história, retomar a política externa e pagar a dívida com negros, pobres e indígenas.
"Muita gente fica preocupada: 'ah, mas o Lula voltou que Lula? O Lula de 2006? O Lula de 2007? O Lula antes da prisão ou o Lula depois da prisão?' Como se fosse possível a gente ter duas personalidades. O filho que a Dona Lindu pariu continua sendo o mesmo, o mesmo que era no sindicato, que fundou o PT, que ajudou a fundar a Central Única dos Trabalhadores, o mesmo que governou entre 2003 e 2010 com um compromisso".
"Eu, sinceramente, estou muito confiante. Nós já provamos que é possível fazer política de inclusão social, que é possível cuidar do pobre, aumentar o salário mínimo e a massa salarial sem aumentar a inflação. Ou seja, nós já provamos que é possível fazer as coisas. Os mais necessitados terão prioridade em nosso governo", completou Lula.
O evento foi apresentado por Monica Iozzi e Preta Ferreira, recebeu intervenções artísticas e contou com falas de Douglas Belchior, da Coalizão Negra Por Direitos, Regina, Mulheres pela democracia, a atriz Denise Fraga, a socióloga Neca Setúbal, Bruna Brelaz, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), e José Gregori, que é jurista.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou na última semana de campanha levando a força das ruas para o ato realizado nesta segunda-feira (24/10), no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). No local popularmente conhecido como Tuca, o ex-presidente reuniu nomes como Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo, a ex-ministra Marina Silva, e a senadora Simone Tebet, além de dezenas de lideranças, artistas, intelectuais e presidentes de partidos. Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, enviou um vídeo em apoio.
Na área externa da instituição, milhares de pessoas assistiram ao evento através de telões. A mesa principal foi composta ainda por Lúcia França, Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad, Ana Estela Haddad, Márcio França, Geraldo Alckmin e Janja da Silva.
Na abertura da cerimônia, chamada 'Em defesa da democracia e do Brasil', a reitora Maria Amalia Andery destacou que existe uma simbologia das campanhas de Lula e Haddad por escolherem estar presentes, justamente pelo Tuca ser reconhecido como palco de resistência democrática. Em 2022, a invasão da PUC por policiais da Ditadura Militar completou 45 anos.
Teatro da PUC
Alckmin pediu que a militância tenha foco nesses dias que antecedem o segundo turno, e contou que, pela manhã, virou dois votos ao conversar com eleitores no elevador de um prédio.
"Nós temos seis dias para trabalhar. Este é um momento histórico. Quase um século depois da invasão da PUC nós estamos aqui outra vez para defender a democracia do mesmo lado daqueles jovens dos anos 1970. Estamos todos unidos para superar essa fase triste e o presidente Lula representa essa esperança, por isso o Bozo tem tanto medo, porque onde tem esperança e felicidade não tem ódio. E nós não queremos bolsonarista em São Paulo, por isso é Haddad governador e Lula presidente", discursou o candidato à vice-presidente da República.
Disputando o governo paulista, Haddad destacou que é necessário derrotar o fascismo no Brasil, representado por Bolsonaro. "As pessoas perderam a noção de o quanto a gente se rebaixou tendo essa figura como presidente da República. Estamos naturalizando as coisas sem perceber. Como um ex-deputado pode ter granadas na dispensa de casa e atirar em policiais?", questionou.
"O Lula está na frente e nós precisamos consolidar sua vitória domingo e, com um esforço de reta final, nós podemos derrotar o Tarcísio. São Paulo e o Brasil de mãos dadas, reconciliados, e podendo fazer tanto pelo nosso povo que tem pressa, porque não tem medicamento no posto, comida na mesa nem trabalho. Domingo vamos viver o alívio de virar a página do fascismo e quem sabe a alegria infantil de viver o sonho do Brasil e de São Paulo remando juntos", declarou Haddad.
Sem medo de ser feliz
O público ficou em pé para escutar Janja entoar a clássica 'Sem medo de ser feliz', enquanto crianças subiram ao palco e entregaram rosas brancas para os presentes. Neste clima, a estrela da noite foi chamada para discursar.
Visivelmente emocionado, Lula começou lamentando a fala de Bolsonaro sobre as meninas venezuelanas. "O atual presidente da República confundiu uma menina venezuelana de 14 anos como se ela fosse um objeto sexual. Ele, no cargo de presidente da República, jamais poderia ter tido a atitude de pedófilo que ele teve, não respeitando uma criança de 14 anos de idade", criticou.
Os episódios de racismo contra Seu Jorge e Eddy Junior, que viralizaram na última semana, além do caso Roberto Jefferson, também foram citados como exemplos de situações graves que só podem acontecer em um país desgovernado. Lula então, falou que o Brasil precisa ser protagonista de sua própria história, retomar a política externa e pagar a dívida com negros, pobres e indígenas.
"Muita gente fica preocupada: 'ah, mas o Lula voltou que Lula? O Lula de 2006? O Lula de 2007? O Lula antes da prisão ou o Lula depois da prisão?' Como se fosse possível a gente ter duas personalidades. O filho que a Dona Lindu pariu continua sendo o mesmo, o mesmo que era no sindicato, que fundou o PT, que ajudou a fundar a Central Única dos Trabalhadores, o mesmo que governou entre 2003 e 2010 com um compromisso".
"Eu, sinceramente, estou muito confiante. Nós já provamos que é possível fazer política de inclusão social, que é possível cuidar do pobre, aumentar o salário mínimo e a massa salarial sem aumentar a inflação. Ou seja, nós já provamos que é possível fazer as coisas. Os mais necessitados terão prioridade em nosso governo", completou Lula.
O evento foi apresentado por Monica Iozzi e Preta Ferreira, recebeu intervenções artísticas e contou com falas de Douglas Belchior, da Coalizão Negra Por Direitos, Regina, Mulheres pela democracia, a atriz Denise Fraga, a socióloga Neca Setúbal, Bruna Brelaz, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), e José Gregori, que é jurista.