Ensino híbrido: a herança da pandemia para a educação


                                                                                                      foto Karlyukav


Ensino híbrido: a herança da pandemia para a educação

 

O modelo confere aos estudantes mais participação e controle sobre o aprendizado

 

 Embora o ensino à distância já fosse realidade para determinados cursos do Ensino Superior antes da pandemia, hoje estamos presenciando uma ampliação e consolidação das tecnologias digitais. Esse formato permite a remodelagem dos papéis dos envolvidos no processo de aprendizagem: estudantes, professores e instituições. 

“A pandemia deixou claro que a divisão entre espaços físicos e online diminuiu. Tecnologias digitais já eram utilizadas no contexto educacional, mas a pandemia ampliou, por necessidade, o uso dessas ferramentas que permitem formas diferentes de ensinar e aprender, mais flexíveis e individualizadas. Esse cenário foi importante para derrubar um dos principais paradigmas do formato digital: o comprometimento da qualidade do ensino. O avanço tecnológico e a urgência, imposta pela Covid-19, contribuíram para aperfeiçoar essa experiência tanto para estudantes quanto para o professores”, conta a pedagoga Eusiléa Severiano. 

O ensino híbrido, ou blended learning, combina dois formatos: o presencial e o on-line, buscando a integração de espaços e metodologias para proporcionar uma aprendizagem personalizada. “O método permite que o aluno seja mais ativo e participativo e ainda ter mais controle sobre o aprendizado, pois ele pode escolher onde e quando aprender e quanto tempo vai se dedicar às atividades on-line. Além disso, o professor acompanha e considera as questões individuais de cada um”, explica a profissional. Segundo ela, ao mesmo tempo, o formato on-line possibilita ao professor ir acompanhando o desempenho dos alunos e ainda avaliar o seu plano pedagógico.  

No Brasil, o Ensino Superior pode oferecer 40% de atividades à distância em cursos presenciais. A Pró-reitora do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos, Kely Santiago, conta que plataformas digitais já faziam parte do ensino da instituição, mas a pandemia expandiu e reconfigurou a experiência. “Tecnologias digitais já estavam bastante presentes nas aulas presenciais, como a mesa interativa 3D que temos nos cursos de Medicina e Medicina Veterinária. A pandemia nos apresentou novas possibilidades e permitiu o aprimoramento das metodologias para o ensino híbrido”, explica. 

Eusiléa lembra que a Covid-19 trouxe um avanço importante para a educação. “Já estávamos caminhando timidamente para uma educação mais digital, mas a pandemia tornou essa transformação urgente e prioritária. As tecnologias digitais são instrumentos muito úteis no processo de ensino-aprendizagem. Basta estar aberto ao novo e boa vontade” conclui.




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