Brasília tem uma cena musical pujante. Desde o rock dos anos 80, que tem sua expressão máxima com a Legião Urbana, até a MPB com a contemporânea Ellen Oléria, a capital sempre foi cenário para experiências inovadoras, disruptivas, muitas vezes vanguarda nacional.
Foi neste cenário que Jangola nasceu. Sempre gostou de música e quando se mudou para os Estados Unidos, estabeleceu laços com músicos brasileiros em Boca Raton, onde foi morar com a mãe. Lá, por brincadeira, começou a fazer rimas.
“Eu sempre gostei de música e ficava criando rimas sozinho, na minha casa. Um dia, brincando com amigos músicos, dentro do carro, eu soltei um trecho de uma rima e todo mundo gostou. Um amigo falou para o outro e logo estavam dizendo para eu gravar. E foi assim que eu comecei. Gravei uma música, coloquei no meu Instagram e logo ela bateu 15mil visualizações”, lembra Jangola. Hoje a música já tem mais de 20 mil visualizações no Instagram e 10 mil no YouTube.
O que começou como uma brincadeira foi ficando sério.
“As pessoas começaram a gostar, me chamar para pequenos shows e para abrir shows de bandas como Costa Gold, Wc no beat, Filipe Ret, Oriente, Xama e Poesia Acústico. Eu já estava ganhando espaço, especialmente na comunidade brasileira. Daí eu decidi que era hora de voltar para o Brasil e profissionalizar minha atuação”, lembra o músico.
Neste domingo, 17/10, Jangola parte para Belo Horizonte, onde começa a gravar seu primeiro álbum. Já tem um empresário artístico e confiou aos pais a gestão da sua carreira.
Sobre a escolha da capital mineira como sua primeira apresentação, Jangola conta que é uma escolha de estilo. “Embora tenha começado a fazer música fazendo TRAP, foi no funk que eu me encontrei. E no Brasil há várias vertentes de funk. O do Rio de Janeiro que é mais rápido, o de São Paulo que é mais marcado e o de Belo Horizonte, o funk malado, foi com o que eu mais me identifiquei”.
Jangola já tem cerca de 15 músicas prontas, todas escritas por ele. A primeira apresentação em Minas ocorre já nesta semana.