O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) deseja resgatar a importância de um dos maiores símbolos da capital federal: a faixa de pedestres. O órgão deu início nesta semana à campanha "Respeito na faixa", que visa retomar a conscientização junto a motoristas e pedestres sobre as normas referentes à travessia.
Para isso, conta com três vertentes: educação, engenharia e fiscalização. A operação consiste em manter viaturas e agentes de trânsito nas sinalizações para coibir o desrespeito e educar os cidadãos.
O Detran tem uma diretoria de educação que tradicionalmente desenvolve campanhas de conscientização. No entanto, o atual projeto convoca todos os servidores do órgão para participarem do processo educativo, em especial os agentes de trânsito que, durante as rondas tradicionais passarão a dar atenção especial aos locais onde contam com faixa de pedestres, realizando orientações à população.
A fiscalização não deixará de multar eventuais infratores, no entanto, passará a assumir também um papel educativo. As equipes de fiscalização somarão esforços com as de educação, que permanecerão atuando no processo educativo em escolas, faixas de pedestres, áreas de lazer, dentre outros lugares. Também irão conscientizar condutores com relação à importância do respeito aos mais vulneráveis no trânsito.
Enquanto a fiscalização de trânsito estiver de olho naqueles que insistem em desrespeitar as regras de circulação nas regiões administrativas, as equipes de educação estarão em outras faixas orientando os pedestres quanto ao cruzamento seguro. Também irão conscientizar condutores com relação à importância do respeito aos mais vulneráveis no trânsito.
Além disso, a diretoria de Engenharia atuará na manutenção da sinalização horizontal, seja por meio de revitalização de pintura ou por lavagem das faixas. No mês de junho, o Detran realizou a limpeza de 594 faixas de pedestres.
Segundo o diretor-geral do Detran, Zélio Maia, apesar da crescente redução de mortes de pedestre, principalmente na faixa, ao longo dos anos, o aumento de 32% das autuações por desrespeito à travessia registrados durante o primeiro semestre deste ano indica que o condutor brasiliense vem perdendo a consciência sobre o respeito à prática.
"É comum viajarmos para outros estados e as pessoas reconhecerem que, em Brasília, há respeito pela faixa de pedestre. O respeito reflete a própria cultura do povo, não podemos deixar isso ser esquecido", Zélio Maia, diretor-geral do Detran/DF.
Foto: Renato Alves.
A constatação de que, no Distrito Federal, a prioridade é sempre para os pedestres costuma ser uma das primeiras gratas surpresas de pessoas de outras localidades que visitam a cidade pela primeira vez.
A prática passou a vigorar no DF em 1º de abril de 1997 – cinco meses antes de entrar em vigor no restante do país a partir da publicação no Código Brasileiro de Trânsito. Entre outras coisas, a lei aumentou a pena de motoristas que atropelam e matam quem estiver usando a sinalização horizontal.
Com a medida, a capital tornou-se referência nacional em educação no trânsito, sendo uma das poucas unidades da Federação onde motoristas efetivamente respeitam a preferência do pedestre.
A ação ajudou a poupar vidas, segundo o Detran. Em 1996, 266 pedestres morreram atropelados em vias do DF. Em 1997, ano da implantação da lei e de intensa campanha de conscientização entre a população, 202 pessoas faleceram sob essas circunstâncias. Passados 24 anos, esse número caiu para duas mortes em 2019 e uma morte em 2020.
No entanto, de janeiro a junho deste ano, 4.466 condutores foram autuados por infringir o artigo 214 do Código de Trânsito Brasileiro, enquanto no mesmo período de 2020, 3.388 condutores foram flagrados pelo mesmo motivo, o que reforça a necessidade da conscientização.
"A partir de agora, todas campanhas publicitárias que o Detran levar ao ar irão, de forma direta ou indiretamente, abordar a travessia segura na faixa de pedestres. Para educarmos de forma efetiva a população, precisamos compartilhar essa responsabilidade no trânsito com todos e de forma perene. Como sabemos, somente a repetição insistente pode levar à mudança de comportamentos. Não é nossa intenção multar, mas a multa e o último recurso do processo educativo", finaliza Maia.
A prática passou a vigorar no DF em 1º de abril de 1997 – cinco meses antes de entrar em vigor no restante do país a partir da publicação no Código Brasileiro de Trânsito. Entre outras coisas, a lei aumentou a pena de motoristas que atropelam e matam quem estiver usando a sinalização horizontal.
Com a medida, a capital tornou-se referência nacional em educação no trânsito, sendo uma das poucas unidades da Federação onde motoristas efetivamente respeitam a preferência do pedestre.
A ação ajudou a poupar vidas, segundo o Detran. Em 1996, 266 pedestres morreram atropelados em vias do DF. Em 1997, ano da implantação da lei e de intensa campanha de conscientização entre a população, 202 pessoas faleceram sob essas circunstâncias. Passados 24 anos, esse número caiu para duas mortes em 2019 e uma morte em 2020.
No entanto, de janeiro a junho deste ano, 4.466 condutores foram autuados por infringir o artigo 214 do Código de Trânsito Brasileiro, enquanto no mesmo período de 2020, 3.388 condutores foram flagrados pelo mesmo motivo, o que reforça a necessidade da conscientização.
"A partir de agora, todas campanhas publicitárias que o Detran levar ao ar irão, de forma direta ou indiretamente, abordar a travessia segura na faixa de pedestres. Para educarmos de forma efetiva a população, precisamos compartilhar essa responsabilidade no trânsito com todos e de forma perene. Como sabemos, somente a repetição insistente pode levar à mudança de comportamentos. Não é nossa intenção multar, mas a multa e o último recurso do processo educativo", finaliza Maia.