• Artigo por Conceiyção Montserrat - CEO da Conceiyção Montserrat Gestão e negócios
Imagine-se na seguinte situação:
Em meados dos anos 90, você tomou a decisão de empreender e abrir seu próprio negócio. Pensou, repensou e decidiu que sua empresa ou negócio teriam um nome. Contrariando as estatísticas, você deu duro, batalhou, investiu tempo e valores financeiros e intelectuais em sua empresa e ela prospera até hoje. Se tornou uma empresa conhecida em sua região de atendimento e seus clientes realizam o conhecido e importante “boca a boca”, além dos seus investimentos em marketing e processos de consolidação. Um “belo dia” você acorda e descobre por meio de uma notificação que alguém fez um requerimento e deu entrada em um registro de marca que conflita com o nome e atendimento de sua empresa!
Buscando entender os fatos, se depara com a triste realidade de que sua marca não foi registrada por você ou que não é exclusivamente sua. Percebe que, todo seu trabalho nos últimos 30 anos corre o risco de ir por “água abaixo”, simplesmente por não ter registrado e garantido a propriedade da marca e corre o risco de ter que deixar de utilizar o nome já consolidado por você que dedicou quase uma vida por isso!
Fatos como este que citei, são muito mais comuns que pensamos! Temos por hábito em nosso país, trabalhar anos em uma marca ou desenvolvendo um produto/tecnologia sem ao menos nos preocuparmos com as questões de segurança de propriedade deste trabalho.
Registrar uma marca ou uma patente não é apenas realizar um processo custoso e burocrático, é uma certeza de que está trabalhando para algo que será apenas seu e que não existirão riscos futuros de alguém que não trabalhou por isso, se apropriar dos seus esforços e propriedade intelectual.
Creio que este mal hábito tenha sido herdado da triste estatística de que 80% das microempresas recém-abertas, fechem em menos de 1 ano , segundo dados do IBGE e, desta forma, a grande maioria dos microempreendedores não se preocupa em registrar a marca até que ela se consolide.
Raciocínio este completamente errôneo, uma vez que o risco de “nascerem cópias suas” é equivalente ao sucesso do seu negócio e cada degrau que você sobe, maiores serão as chances de “alguém” copiá-lo.
São simples passos que podem ser seguidos e que te trarão tranquilidade para trabalhar focado apenas no crescimento de sua empresa sem que ninguém lhe traga problemas com nomes similares ou conflitantes com a sua área de atendimento.
O órgão atualmente responsável por estes registros no Brasil é o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial - https://www.gov.br/inpi/pt-br).
No site, são disponibilizadas diversas opções de consultas sem necessidade de cadastro, mas recomendamos que, antes de registrar sua marca, consulte um profissional para orientar sobre suas necessidades, verificando se há necessidade que o registro seja feito no âmbito nacional e internacional, por exemplo. Consultorias empresariais e de negócios também estão atentas a esta questão.
A conquista do registro de sua marca será o primeiro passo para seu sucesso a longo prazo e saiba que nenhum tempo ou recurso é perdido desde que seja investido em seu patrimônio.
*Conceiyção Montserrat - Atenta as transformações do mercado brasileiro, Conceiyção Montserrat reuniu ao longo da sua carreira em mais de 25 anos (atuando no mercado nacional e internacional à frente de gestão e fomentação de negócios), grandes experiências, pois teve a oportunidade de desenvolver trabalhos nas áreas de gestão de projetos, comunicação, criação e design gráfico, produção audiovisual, marcas e patentes, eventos corporativos, acompanhando as questões jurídicas e gerenciamento de crise nos projetos, vivenciando a oportunidade de trabalhar com profissionais altamente capacitados e atuando junto a empresas com parceiros de larga experiência nas áreas de assessoria de imprensa, planejamento estratégico e conteúdos educacionais . A executiva é CEO da Conceiyção Montserrat Gestão e Negócios.