A presidente da SBRA conversará com Anna Paula Caldeira na próxima sexta-feira (22), às 18h; entrevista será transmitida pelo perfil da Sociedade no Instagram
A primeira live de 2021 promovida pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) será com Anna Paula Caldeira, primeiro bebê a nascer a partir de uma fertilização in vitro (FIV) no Brasil e na América Latina. Liderado pela presidente da SBRA, Hitomi Nakagawa, o bate-papo ocorrerá na próxima sexta-feira (22), a partir das 18h, no perfil da SBRA no Instagram (@movimentodafertilidade).
Graduada em nutrição e pós-graduada em marketing, Anna Paula mora hoje nos EUA. Durante a live, ela falará sobre projetos pessoais, vida profissional, sobre a sua saúde e desafios enfrentados até o momento.
Dados mais recentes divulgados em 2019 pela Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (REDLARA) mostram que o Brasil lidera o ranking latino-americano dos países que mais realizaram fertilização in vitro, inseminação artificial e transferência de embriões – 83 mil bebês brasileiros nasceram, em 25 anos, por meio de tratamentos de reprodução assistida.
A paranaense nasceu em 1984, seis anos após o nascimento do primeiro bebê de proveta no mundo, Louise Brown, na Inglaterra. Segundo explica a presidente da SBRA, desde o nascimento delas, as técnicas de reprodução assistida evoluíram em ritmo acelerado. “Hoje conseguimos gerar uma gravidez com um único espermatozoide, além de prever várias síndromes genéticas incapacitantes ou que causam mortes precoces antes de o embrião ser transferido ao útero da mulher”, ressalta Nakagawa.
O último relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões – SisEmbrio, publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também mostra o protagonismo brasileiro em relação aos procedimentos e aponta o crescimento da confiança das pessoas nas técnicas de reprodução assistida. O levantamento mostra que, em 2019, a média da taxa de fertilização in vitro (FIV) nos bancos de células e tecidos germinativos (BCTG) do país atingiu o percentual de 76%, um padrão elevado diante do cenário médio internacional, cujo padrão exige resultados acima de 65%. Foram realizados 43.956 ciclos de fertilização, o que representou um crescimento de mais de 800 ciclos em relação ao ano anterior, cerca de 2%.
“Isso reforça as constantes melhorias das tecnologias utilizadas pelo setor, a qualidade dos procedimentos realizados no Brasil e o excelente nível de qualificação técnica dos profissionais. Mostra também que, hoje, as pessoas conhecem e confiam mais nas técnicas de Reprodução Assistida graças às mais diversas campanhas de esclarecimento sobre tratamentos para correção das situações que interferem na procriação e informações a respeito da preservação da fertilidade realizadas pela SBRA”, finaliza Nakagawa.
Foto: Rafael Fortes