O primeiro trimestre do ano é decisivo para a organização da vida vertical. Muito importante para síndicos e administradores, claro, mas ainda mais importante para nós que moramos e que pagamos condomínio
Neste cenário, onde as pessoas redefiniram a relação com as suas casas, planejar orçamento ficou ainda mais desafiador. Condomínio é conta matemática de somar e dividir. Somar todas as despesas e dividir para que cada um pague a sua parte. Para fechar a proposta de orçamento que, na grande maioria dos prédios tem a sua aprovação pelo grupo de condôminos em uma assembleia no primeiro trimestre do ano, é fundamental o exercício de antecipar e entender os desafios que o ano trará.
Já há mais de 5 anos o valor do condomínio ou se equipara ou fica abaixo da inflação. Isso porque as três maiores despesas do condomínio são, por ordem de grandeza: folha de pagamento, gastos com água e gastos com energia. Sendo que a primeira delas representa cerca de 50% de toda despesa, e o aumento legal dos funcionários da categoria, como de quase todas as categorias da iniciativa privada, sempre está abaixo da inflação.
Mas, neste ano, além do reajuste padrão de despesas, o que deve ser considerado quando se discute orçamento? Tenho feito essa pergunta como profissional desta indústria e também como condômina que sou. Algumas coisas aprendi durante a quarentena e o isolamento: quando estamos em casa, é fundamental que a casa funcione bem; este vai ser um ano muito difícil economicamente falando (a pandemia, o fim do auxílio emergencial, a crise econômico/financeira vai mexer profundamente no orçamento das famílias; os condomínios deverão fazer esforço ainda maior no caminho da digitalização para controle de acesso, controle de entregas e relacionamento com áreas comuns e questões administrativas; as pessoas ficarão muito mais em casa, assim consumos coletivos sobem e convivência nas áreas comuns também.
De um lado é necessário um exercício matemático para manter o valor do condomínio o mais seco possível aumentando a capacidade pagadora das famílias, de outro são necessários investimentos crescentes em manutenção preditiva, digitalização, itens de conforto e segurança. E no centro, um síndico que entende o contexto, mas que não é especialista necessariamente em planejamento estratégico financeiro e finanças.
Por isso é que é importante um exercício coletivo de construção da nova forma de morar em condomínio. Uma sugestão é uma reunião preliminar, digital claro, onde o grupo de moradores possa debater a realidade de seu condomínio e quais coisas fazem mais sentido serem executadas no ano. Assim os interesses coletivos sobrepondo os individuais, o plano de trabalho vai se desenhando e clareando os ajustes necessários no orçamento. Na hora de aprovar as despesas, o que está se aprovando é um programa de gestão para o ano, um programa construído com base nesse pensamento coletivo, com a participação e o engajamento do condômino. Não vai ser só uma mão levantada em meio a um power point confuso, com a ansiedade que o encontro termine logo porque o jantar já esta esfriando em casa.
Já há mais de 5 anos o valor do condomínio ou se equipara ou fica abaixo da inflação. Isso porque as três maiores despesas do condomínio são, por ordem de grandeza: folha de pagamento, gastos com água e gastos com energia. Sendo que a primeira delas representa cerca de 50% de toda despesa, e o aumento legal dos funcionários da categoria, como de quase todas as categorias da iniciativa privada, sempre está abaixo da inflação.
Mas, neste ano, além do reajuste padrão de despesas, o que deve ser considerado quando se discute orçamento? Tenho feito essa pergunta como profissional desta indústria e também como condômina que sou. Algumas coisas aprendi durante a quarentena e o isolamento: quando estamos em casa, é fundamental que a casa funcione bem; este vai ser um ano muito difícil economicamente falando (a pandemia, o fim do auxílio emergencial, a crise econômico/financeira vai mexer profundamente no orçamento das famílias; os condomínios deverão fazer esforço ainda maior no caminho da digitalização para controle de acesso, controle de entregas e relacionamento com áreas comuns e questões administrativas; as pessoas ficarão muito mais em casa, assim consumos coletivos sobem e convivência nas áreas comuns também.
De um lado é necessário um exercício matemático para manter o valor do condomínio o mais seco possível aumentando a capacidade pagadora das famílias, de outro são necessários investimentos crescentes em manutenção preditiva, digitalização, itens de conforto e segurança. E no centro, um síndico que entende o contexto, mas que não é especialista necessariamente em planejamento estratégico financeiro e finanças.
Por isso é que é importante um exercício coletivo de construção da nova forma de morar em condomínio. Uma sugestão é uma reunião preliminar, digital claro, onde o grupo de moradores possa debater a realidade de seu condomínio e quais coisas fazem mais sentido serem executadas no ano. Assim os interesses coletivos sobrepondo os individuais, o plano de trabalho vai se desenhando e clareando os ajustes necessários no orçamento. Na hora de aprovar as despesas, o que está se aprovando é um programa de gestão para o ano, um programa construído com base nesse pensamento coletivo, com a participação e o engajamento do condômino. Não vai ser só uma mão levantada em meio a um power point confuso, com a ansiedade que o encontro termine logo porque o jantar já esta esfriando em casa.
Fonte: Estadão Conteúdo.
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