Os espaços foram conquistados pela Setur-DF e fazem parte do projeto Rota do Artesanato para impulsionar esse mercado
Foto: Luís Tajes.
Mãos que bordam, tecem, pintam e montam a história de um lugar. São as mãos preciosas dos artesãos. Talento não falta a esses artistas, mas é preciso oportunidade e pontos de venda para que essa arte seja apreciada e reconhecida. Por esta razão, o artesanato sempre foi pauta prioritária para a Secretaria de Turismo. Neste governo, os artesãos ganharam mais espaço, visibilidade e confiança para continuar traduzindo sentimentos e emoções em peças e objetos.
O Governo do Distrito Federal (GDF) vem se destacando no combate à Covid-19 desde o início da pandemia, pois foi o primeiro ente da federação a adotar medidas assertivas como o isolamento social. Esta foi uma das ações responsáveis pelo ritmo desacelerado de infecção no DF e, também, por amenizar os impactos sobre a economia local já que gradualmente o comércio está retomando suas atividades.
Hoje (27) foi a vez dos shoppings reabrirem suas portas e, com isso, duas lojas dedicadas exclusivamente à venda de produtos artesanais de artistas do DF voltaram a funcionar. Essas lojas fazem parte do projeto da Secretaria de Turismo “Rota do Artesanato” e estão localizadas no Pátio Brasil (Asa Sul) e Alameda Shopping (Taguatinga). Todos os profissionais que comercializam seus produtos nessas lojas são selecionados por meio de editais de chamamento público da Secretaria de Turismo e devem possuir carteira do artesão válida. O documento é emitido pela Setur e os editais são publicados no site da Secretaria.
As lojas estavam fechadas desde 18 de março, mas aos poucos, vão retomando suas atividades com todo cuidado e segurança, porque cuidar da saúde de colaboradores e clientes é fator primordial neste momento. Elas funcionarão com horário reduzido e foram montadas duas escalas de trabalho para os artesãos, que precisam fazer o teste para o coronavírus a cada quinze dias, oferecido gratuitamente pelo GDF em parceria com a Fecomércio-DF.
Como artistas que são, esses trabalhadores tentam se reinventar em meio à crise. O momento ainda é de assimilar as adversidades e continuar buscando alternativas criativas. A Secretaria de Turismo esteve, no tempo do isolamento social mais intenso, orientando os artesãos para que continuassem em suas casas a realizar o seu trabalho. Para isso, se empenhou por meio de parcerias com instituições como o BRB para disponibilizar linhas de crédito especiais que garantissem apoio financeiro, apresentou uma solução inovadora de comércio eletrônico que possibilita aos artesãos venderem seus produtos pela internet, além de promover constantemente o trabalho desses profissionais que vivem exclusivamente da arte.
Para a Secretária do Turismo, Vanessa Mendonça, o momento ainda é delicado, mas exige união e ação para ajudar aqueles que lutam pela sua sobrevivência e contribuem para a movimentação financeira do DF e, consequentemente, do país. “Estamos vivendo um momento que exige medidas de precaução, mas o GDF e a Setur continuam atuando para construir políticas públicas para passarmos por essa pandemia e olharmos para o futuro. Com a retomada das atividades, não apenas a pessoa do artesão é beneficiada, mas sua família e outros ao seu redor também. Vamos continuar prestando o apoio necessário para que continuem sendo parte importante da cadeia turística do DF. ”, destacou a Secretária.
Dorines França, artesã há mais de 15 anos, disse que a reabertura da loja também abre outras portas e traz um pouco mais de tranquilidade para aqueles que, assim como ela, vivem de sua arte. “A arte é a minha vida. Amo o que faço e hoje só tenho a agradecer e comemorar, porque agora temos de volta esse espaço tão esperado e que a Secretaria de Turismo nos proporcionou para comercializar nossos produtos. Ter o apoio e o incentivo da Setur faz toda diferença, principalmente em meio a esse momento tão difícil que estamos vivendo ”, ressaltou a artesã.
Já para Ádia Silveira, esse retorno às atividades significa matar um pouco da saudade, ainda que com restrições. “Eu gosto do contato, da troca de energia com as pessoas, de poder receber os clientes na loja e agregar valor exclusivo ao que faço. Quando alguém chega e se encanta com alguma peça, eu posso ver o brilho nos olhos da pessoa e isso me remete a histórias, emoções e sentimentos, porque coloco amor em tudo que faço. Vamos continuar nos protegendo, mas agora sem precisar nos mantermos tão distantes”, complementou.
Riqueza humana, cultural e econômica
A importância do artesanato não é apenas cultural, é também econômica: estima-se que no Brasil o artesanato movimenta cerca de R$ 50 milhões por ano e sustenta 10 milhões de pessoas. Só em Brasília, temos 11 mil artesãos atuando e produzindo produtos elaborados com diversas técnicas e materiais, sendo que Brasília, Guará, Riacho Fundo II e Santa Maria, juntos, passaram a ter 1.366 artesãos cadastrados. O setor movimentou no ano passado R$871 mil em todo Distrito Federal. Somente nos shoppings, as vendas acumuladas das duas lojas somaram R$ 288.900,57 desde a inauguração.
Com a reabertura dos shoppings, abre-se também uma oportunidade para que as pessoas voltem a circular e procurar por produtos artesanais, sempre de grande importância para quem deseja algo peculiar de uma cidade. A arte pode beneficiar a vida das pessoas de diversas formas, sendo expressão de sentimentos que lembram dias melhores, acalentando os que sofrem, e também pode ser funcional para quem está em isolamento.
Fotos: Luís Tajes.
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