Diálogo pode ajudar a prevenir transtornos mentais

Bate-papo ao vivo promovido pelo SESI trouxe orientações para empresas ajudarem a manter a saúde mental de trabalhadores em tempos de covid-19


Criar instrumentos que permitem diálogo aberto entre trabalhadores estão entre as principais medidas que as empresas devem adotar para combater transtornos mentais durante a pandemia. A orientação é de Graziela Alberici, especialista do Centro de Inovação SESI em Fatores Psicossociais, durante o webinar Cuidados à Saúde Mental para colaboradores de sua empresa em tempos de Covid-19, realizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI) nesta quinta-feira (30). “A fala e a escuta têm poder de contribuir para a boa saúde mental”, destacou Graziela.

Para que os diálogos sejam efetivos, ela disse que é fundamental que líderes e as áreas de recursos humanos tenham um olhar amplo sobre questões que influenciam a saúde mental, como a própria situação de pandemia em que aumentam medos de adoecer ou perder familiares e amigos e até problemas financeiros. Graziela reconheceu que a abordagem de saúde mental pode sobrecarregar ainda mais líderes e áreas de recursos humanos e de saúde e segurança no trabalho, mas é fundamental que a empresa tenha mecanismos de detecção precoce de problemas e planeje ações até para depois do momento que passar a pandemia.

Para isso, Graziela propõe um caminho para facilitar a vida dos gestores. “Os gestores têm de identificar líderes informais com capacidade de ajudar os colegas e apoiá-los no gerenciamento da crise”, sugeriu. “Além disso, o momento é de se estimular a cooperação, não a competição. Pois a cooperação fortalece a saúde mental". 

“As empresas têm como desafio criar um ambiente facilitador à resiliência das pessoas” - Georgia Matos, especialista do SESI

Guia SESI de Saúde Mental em tempos de Covid-19

Propostas de melhorar a comunicação e aumentar a cooperação entre os trabalhadores estão no Guia SESI de Saúde Mental em tempos de Covid-19. A especialista do SESI Georgia Matos apresentou alguns destaques do guia que foi lançado nesta semana. Confira a apresentação.


Segundo Georgia, ter dados e perfis de vulnerabilidade dos trabalhadores é fundamental para a assertividade das ações e programas que empresas desenvolvem para manter a saúde mental de trabalhadores. Ela exemplificou que, para trabalhadores que estejam com problemas financeiros e preocupados com a redução de salários, as empresas podem oferecer curso de gestão financeira.

“As empresas têm como desafio criar um ambiente facilitador à resiliência das pessoas”, ressaltou Georgia. Para construir esse ambiente de resiliência, ela apresentou orientações que estão no guia da Iniciativa Holandesa Covid-19 Mãos extras para a Saúde e resultados da pesquisa sobre o bem-estar de trabalhadores em casa, do Institute for Employment Studies, do Reino Unido. Os arquivos podem ser baixados ao fim desta reportagem.

Alyne Barreto, do Centro de Inovação SESI em Fatores Psicossociais, enumerou uma série de fatores de vulnerabilidade social que devem ser considerados na hora de as empresas prepararem seus planos de saúde mental. Entre os quais, estão desde à exposição ao covid-19, problemas familiares e financeiros e até aspectos de gênero e culturais. “Por exemplo, para os homens o maior desafio pode ser ter de mostrar sua vulnerabilidade já que culturalmente exige-se deles que sejam fortes. Já para as mulheres é preciso considerar o aumento da sobrecarga de trabalho no cuidado com os filhos e a casa”, exemplificou.

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