Ano letivo começa com mais da metade das escolas reformadas em Ceilândia


Muitas delas sequer tinham passado por grandes reestruturações desde que foram construídas

Escola Classe 29, na QMN, brilhando de nova à espera dos alunos | Foto: Paulo H. Carvalho
É tanto forro novo para ser colocado, telha sendo trocada, banheiros reformados e pisos totalmente substituídos que as obras nas escolas públicas de Ceilândia ainda estão a pleno vapor no início do ano letivo. Em 3 de fevereiro chegam os professores para a definição e escolhas das turmas, mas só uma semana depois disso é que milhares de estudantes voltam às aulas no Distrito Federal. Encontrarão as unidades de ensino em ordem e revitalizadas.

Na região administrativa mais populosa do DF, 50 das 97 escolas estão passando por manutenção. Além das reformas já mencionadas, várias unidades de ensino estão sendo pintadas, tiveram a rede elétrica renovada e os encanamentos trocados. Rampas de acessibilidade também estão sendo construídas em algumas delas. Os trabalhos, retardados pelo período de chuvas, seguem aceleradamente.


“Os alunos chegam com outro astral. E nós, professores e coordenadores, trabalhamos com muito mais disposição”Neusa Araujo, diretora da Escola Classe 50

Na Escola Classe (EC) 50, a diretora Neusa Araujo Corrêa conta nunca ter visto tantas mudanças na estrutura da unidade de ensino, onde trabalha há 22 anos – desde 2016 na coordenação. O piso, antes todo irregular, agora está uniforme, feito em granitina. A rampa de acesso improvisada pelos pais agora é em alvenaria e facilitará a locomoção de dois alunos e uma mãe cadeirante que frequentam a escola. Por lá a quadra também foi pintada, além das paredes e portões, que ganharam cores novas.

“Os alunos chegam com outro astral. E nós, professores e coordenadores, trabalhamos com muito mais disposição”, comemora Neusa. De acordo com informações da Regional de Ensino de Ceilândia, a unidade tinha uma das piores estruturas da região.

“As unidades de ensino de Ceilândia viraram canteiros de obras durante as férias. São muitas mudanças promovidas, o que vai melhorar as condições de estudo dos alunos e a de trabalho dos professores”, afirma o diretor da regional, Marcos Antônio de Sousa.

Sala nova em folha: apenas as cadeiras estão de pernas para o ar na Escola Classe 29 | Paulo H. Carvalho

Primeira reforma

Muitas obras foram iniciadas em janeiro, após o recesso escolar e as festas de final de ano, e algumas de maior proporção continuarão após o início das aulas. É o caso da EC 52. Todos os quatro blocos da unidade de ensino terão as placas de concreto substituídas pela granitina. Já o material retirado será reaproveitado no estacionamento.

Os telhados receberão placas de PVC para conter o calor, as estruturas elétrica e hidráulica serão renovadas e toda as paredes pintadas. Em 40 anos de construção, é a primeira vez que a unidade é reformada.

O diretor Carlos Henrique Castro e seu vice, Antônio Eliseu de Oliveira, vão se reunir logo nos primeiros dias de aula com os pais dos alunos. “Vamos explicar a eles a magnitude e importância dessa reforma e pedir para que tenham paciência neste primeiro semestre, período previsto de conclusão”, avisa Castro. “Não queremos remover os estudantes para outro local nesse período, o que seria um transtorno para todos eles.”

Escola Classe 50, no PSul, passou por uma grande reforma para receber a comunidade escolar | Foto: Paulo H. Carvalho

Tudo pronto

Na EC 12 já está quase tudo pronto para receber os alunos. O telhado sem forro que deixa abafado parte do pátio está prestes a virar coisa do passado. As placas de PVC já estão prontas para serem instaladas e o piso foi trocado, assim como a estrutura elétrica.

Já na EC 29 os alunos devem ter uma surpresa. Com pintura nova e banheiros reformados, a diretora Adriana Teirxeira de Araújo comemora o fim das goteiras que por anos molhavam as salas de aula. “Isso aqui mudou demais. Estou na escola desde 2000 e só agora vejo tantas melhorias”, alegra-se.

Os recursos das reformas promovidas pelo GDF nas escolas de Ceilândia fazem parte da manutenção prevista pela regional de ensino e de repasses do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (Pdaf). Outra parte vem de emendas parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).









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