Conforme aumentam os índices de violência no Brasil, aumenta a preocupação das pessoas com a segurança. Hoje em dia, nem mesmo quem mora em condomínios está fora das cruéis estatísticas sobre roubos e assaltos
Garantia de segurança de 100%, nenhuma família brasileira tem, mas é importante salientar que com os novos recursos tecnológicos e atitudes preventivas dos moradores e funcionários, a questão de segurança pode ser melhorada.
Há várias ações que o síndico pode propor e adotar para que os condomínios se tornem lugares mais seguros para as pessoas morarem com tranquilidade.
Dicas de segurança no condomínio
No mercado de tecnologia, existem atualmente diversas opções de vigilância específicas para os condomínios.
As câmeras de monitoramento internas e externas, os alarmes, as cercas elétricas e o acesso biométrico – que funciona por meio das digitais das pessoas -, são ferramentas que se complementam e podem fazer a diferença quando o assunto é violência.
A boa notícia é que, além de eficientes, os preços destes aparatos estão cada vez mais baixos. Só pra se ter uma ideia, um sistema de câmeras, por exemplo, pode ser comprado por cerca de R$ 1 mil, dependendo da região do País.
Esses aparelhos sozinhos não impedem que ocorram furtos, roubos e invasões.
As quadrilhas também vêm se especializando na mesma medida. Portanto, o comportamento preventivo de moradores, porteiros, vigilantes e demais funcionários do condomínio também se torna fundamental para evitar estes crimes.
Todos os condomínios precisam de regras claras para serem respeitadas por todos e o tempo todo. Afinal, são os sistemas eletrônicos aliados às atitudes humanas que podem garantir a segurança.
Controle de acesso é essencial
As estatísticas demonstram que as portarias e as garagens são os locais mais vulneráveis dos condomínios e onde acontecem a maior parte das ações violentas.
Espaços de grande circulação de moradores, funcionários, visitantes e prestadores de serviços, as portarias e recepções dependem da postura adequada de todas estas pessoas.
Gestos simples como identificação, portas de acesso bem fechadas, uma voltinha no quarteirão antes de entrar na garagem observando suspeitos e entradas e saídas rápidas são muito importantes.
Ao contratar uma empresa de serviços terceirizados, é preciso certificar se os seus profissionais vêm sendo devidamente capacitados.
A partir daí, é o síndico o responsável por fazer a gestão dos funcionários no sentido de orientá-los detalhadamente sobre as regras e sobre o que se espera deles. Afinal, são eles quem, muitas vezes, terão que limitar a entrada de familiares e amigos, que só poderão acessar o condomínio após identificação.
O mesmo vale para corretores e prestadores de serviços. Bom lembrar que, em muitos condomínios, a entrada de entregadores já foi proibida e os moradores que solicitam devem ir à portaria buscar suas encomendas.
O combinado é mais fácil de ser cumprido
O síndico deve aproveitar as reuniões e assembleias de condomínio para debater os temas relacionados à segurança. Quando estes assuntos são definidos pelo grupo, este passa a se comprometer muito mais com o que ficou decidido.
Como têm sido as invasões no nosso bairro? Será que nosso sistema de segurança é o melhor? As nossas regras são adequadas ou precisamos rever algumas delas? São estas questões que precisam ser discutidas com os moradores.
Em casos mais complexos, em condomínios maiores, por exemplo, uma recomendação é a contratação de uma empresa de consultoria em segurança, que possa analisar as vulnerabilidades do condomínio. Depois é entregue um relatório e parte-se para um plano de ação.
Outra dica é imprimir um Manual de Normas de Segurança, com todas as regras e atitudes de prevenção esperadas dos moradores, faxineiras, empregadas domésticas e outros que circulam no condomínio.
Após a distribuição para todos, o ideal é recolher assinaturas de anuência.
Desta forma, é mais fácil implementar penalidades – que podem variar de advertências a multas -, para quem infrigir o que foi estabelecido.
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