As vagas são para nível médio e superior e os salários variam entre R$ 2.600 e R$ 4.135,26, respectivamente, mais gratificação. Os profissionais atuarão na área de assistência social do Governo do DF.
As chances de nível superior serão para diversas formações, como pedagogo, assistente social, psicólogo, especialista em direito, nutricionista e educador social. Em nível médio, as vagas serão para diversas formações, como agente social e técnico administrativo. As jornadas para todos os cargos são de 30 horas semanais.
A autorização para a realização do certame foi publicada no Diário Oficial de ontem. E a previsão da Secretaria de Trabalho é de que as provas sejam realizadas ainda este ano. “Vamos montar a comissão do concurso para elaboração do projeto básico para, no segundo semestre, selecionarmos a instituição que vai aplicar as provas”, planeja o secretário Gutemberg Gomes. As convocações, ele explica, devem começar somente no ano que vem.
O último concurso para a área foi realizado em 2008, conforme Gomes. A demanda, por conta disso, é imensa, embora a pasta não consiga quantificar. “Há uma carência muito grande de profissionais na ponta, nos Cras (Centros de Referência de Assistência Social), Creas (Centros de Referência Especializado de Assistência Social), centros de convivência e Centros Pop (Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua)”, explica o secretário, ao citar que a carência é sempre maior do que se pode contratar.
As 314 vagas, no entanto, vão suprir as necessidades imediatas da pasta.”Quem ganha, de fato, é a sociedade como um todo, que vai ter um atendimento mais qualificado, na ponta”, aponta.
Para o Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc-DF), a quantidade de vagas está aquém da demanda. “A informação que nós temos é que, desde o início do governo Rollemberg até o fim de 2018, 498 servidores deverão ter se aposentado”, aponta o presidente da entidade, Clayton Avelar.
Nas contas do sindicato, para suprir a real necessidade a secretaria deveria abrir pelo menos mil vagas. “Somente neste ano, 170 profissionais se aposentarão”, ele diz.
Avelar explica que a própria Secretaria do Trabalho já reconheceu que, atualmente, a área de assistência social do DF trabalha com um terço do pessoal necessário. “Essas 314 vagas serão uma reposição parcial dos aposentados”, afirma.
O sindicalista cita que os Creas e Cras têm de respeitar uma política nacional de assistência social. “Tem uma norma que define as equipes mínimas nos centros de assistência. Hoje, no DF, dos 27 Cras, somente um, o do Guará, tem a equipe mínima necessária”, observa. Para ter pelo menos uma equipe mínima em cada unidade, diz o presidente do Sindsasc-DF, o concurso deveria oferecer “pelo menos” mil vagas.
Fonte: Jornal de Brasília
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