Fábrica Social doa a creches hortaliças produzidas por alunos

Alimentos foram colhidos e distribuídos na manhã desta sexta (10), no encerramento do curso de produção de alimentos saudáveis. Cultivo contou com energia solar e reuso de água

A aluna da Fábrica Social Margarida Teixeira, de 63 anos. Foto: Gabriel Jabur.

A colheita foi feita na manhã, e as folhagens, colocadas em caixas de plástico com os nomes das entidades. Ajudaram no processo alunos como Margarida Teixeira, de 63 anos. “Já fui de orfanato. Fico alegre em doar, ajudar as pessoas e aprender também”, contou a diarista enquanto colhia as verduras com sorriso no rosto.

A diretora da creche Renascer, Vera Lúcia Vidal, destacou o valor da doação para a entidade, que atende a 95 crianças. “É de suma importância esse alimento, principalmente como ele foi plantado e como está sendo colhido, porque a gente vê a integridade realmente desse projeto”.
"É de suma importância esse alimento, principalmente como ele foi plantado e como está sendo colhido, porque a gente vê a integridade desse projeto"Vera Lúcia Vidal, diretora da creche Renascer

Ao conversar com os alunos, momentos antes da colheita, o secretário adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, os parabenizou pela conclusão do ciclo e pontuou que programas como o Prospera e o Qualifica mais Brasília podem ajudá-los a empreender.
Água da chuva e energia solar ajudaram no cultivo

Subsecretário de Integração das Ações Sociais, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Célio Silva explicou que o conceito de sustentabilidade está presente na produção. “A energia que alimenta a nossa bomba para as estufas é solar e renovável, obtida através de painéis fotovoltaicos”, disse. A água utilizada no processo é de reuso.

Célio ressaltou a integração entre os alunos da Fábrica Social. Os aprendizes de construção civil, por exemplo, fizeram as estruturas para permitir a instalação das placas fotovoltaicas. Os de instalação e manutenção de equipamentos fizeram o modelo de geração de energia renovável, que ajudou na produção dos alimentos.

O curso teve início em 7 de novembro e vai até 31 de maio. Em 144 horas/aula, 50 alunos da primeira turma construíram duas estufas, nas quais foram plantados 700 pés de alface e 100 de agrião, além de outros alimentos, como tomate e pimentão — estes, ainda em desenvolvimento.

De acordo com Hélio Lopes, instrutor do curso e extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), duas técnicas foram utilizadas na produção: a hidroponia e a semi-hidroponia.

A primeira não utiliza substrato nem solo. “Uma solução nutritiva circula na região das raízes e faz com que a planta produza”, explicou ele, sobre o modelo geralmente utilizado para culturas de ciclos mais rápidos.

Já no caso da semi-hidroponia, é utilizado substrato para o desenvolvimento da planta, como areia e fibra de coco. O método é voltado para culturas de ciclo longo, como as plantações de tomate e pimentão que foram feitas.

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