No mês do síndico, conheça a história de sucesso do síndico Kellcio Araújo da Asa Norte
Kellcio Araújo é síndico desde 2010 em um condomínio localizado na SQN 216. Pouco tempo antes de assumir a função, o gestor procurou o Sindicondomínio-DF em busca de orientação para conduzir processo de reforma do prédio onde mora e afastar os riscos de responsabilidade civil e criminal. De acordo com o síndico, a situação estava precária em termos de conservação e manutenção.
Na sede do Sindicondomínio-DF, conversamos com Kellcio sobre o processo de reformas em seu condomínio, os problemas jurídicos já enfrentados e sua gestão administrativa no local.
Sindicondomínio-DF: Ao procurar o Sindicato, quais foram as primeiras orientações passadas?
Kellcio Araújo: Foi no sentido de fazer um laudo de inspeção predial para oficializar aqueles problemas que eu já sabia que existiam de forma aparente. Mas eu tinha que ter um laudo técnico de conservação predial para, a partir disso, ter embasamento para classificar as obras necessárias e urgentes e ter um ponto de partida para organizar o condomínio e fazer a reforma.
S: Como foi a reação dos condôminos ao serem informados das obras?
K: De certa forma, ficaram tranquilos. Era uma nova gestão, de pessoas com boa formação acadêmica. Eles ficaram apreensivos mais pela questão do passado do condomínio. As coisas lá nunca tinham dado certo. Eram obras inacabadas, dívidas de todo tipo. A gente conduziu esse trabalho e os condôminos aprovaram tudo o que tinha que ser aprovado.
S: Quanto foi o valor da obra?
K: Ao todo, a gente gastou na cobertura coletiva cerca de R$ 1,2 milhão. Nas fachadas, R$ 2,3 milhões. A cobertura coletiva já existia, mas estava interditada. Havia também piscina e academia, mas estavam fechadas. As obras começaram em 2010 e terminaram em 2014. Agora estamos trocando os elevadores e teremos mais obras com a reforma do térreo, dos pilotis.
S: O relacionamento entre condôminos melhorou depois do processo de reformas?
K: Com certeza. Atualmente, diversos interesses estão convergindo, o condomínio está mais pacificado, até porque todos os resultados foram entregues. Era tudo aquilo que os condôminos desejavam, ansiavam, e as obras foram entregues sem nenhum tipo de prejuízo financeiro. Com entrega de resultados o pessoal se pacifica.
S: Como está a situação atual do condomínio?
K: Enfim o condomínio tem, hoje, tudo em pleno funcionamento. A área de lazer, a academia montada, o parquinho para as crianças, o salão de festas. Tudo funcionando. O condomínio está livre de pendências. Antes era um caos. Além dos problemas de conservação predial, haviam diversas demandas administrativas que estavam represadas. Hoje o condomínio está com tudo resolvido, não tem mais nenhum problema de nenhum tipo de ordem.
S: Houve outras ocasiões em que o senhor buscou o Sindicondomínio-DF?
K: Sempre que surge algum tipo de dúvida, a gente comparece ao sindicato para ser orientado na resolução do problema que surgiu no condomínio, sobretudo em dúvidas jurídicas.
S: O senhor poderia dar um exemplo disso?
K: Um processo que o Sindicondomínio já conduzia. O Sindicato processava uma ex-síndica por má gestão, prestação de contas. O resultado foi que um apartamento do condomínio veio para quitar essa dívida, foi penhorado. O processo teve início em 2005 e foi finalizado agora em outubro de 2016.
S: O senhor é síndico há 6 anos. O que considera como a principal característica que um gestor condominial deve ter?
K: Saber lidar com os diferentes interesses de cada condômino. Cada um tem uma opinião, e muitas delas são divergentes. É preciso ter habilidade para liderar. No fundo o síndico é um líder do condomínio. Como o tempo a gente vai aprendendo, vai conduzindo as coisas de forma às opiniões não ficarem sempre divergindo, para, no meio da divergência, construir uma solução que atenda a maioria.
S: O senhor já se considerava um líder antes?
K: Sim, eu já me considerava uma espécie de líder, mas em outras situações. Líder no sentido de liderar interesses coletivos, não. Ser síndico é isso. É liderar interesses coletivos, é representar a palavra da assembleia e a assembleia é a coletividade.
S: Por que se tornou síndico?
K: Porque eu me sentia capacitado para conduzir esse processo (de obras) e o condomínio não poderia incorrer em falhas. Com a minha experiência de êxito em outras áreas eu me senti capacitado, desde que eu tivesse as orientações do Sindicondomínio e as seguisse. Eu sabia que seguindo daria tudo certo.
S: Em seis anos, qual o seu grande aprendizado na gestão condominial?
K: O mais importante é nos cercar de pessoas capacitadas, cada um na sua área, com a sua devida competência comprovada. Isso porque o síndico é o líder dessa prestação de serviços para coletividade. Todo mundo, em suas atuações, deve estar bem capacitado tecnicamente e exercer suas respectivas atividades de forma técnica. De fato, a lição que aprendi foi me cercar de profissionais técnicos experientes. Isso facilita a gestão e garante o êxito.
S: O senhor ainda pretende ser, por muito tempo, síndico?
K: Pretendo. Eu vou estar sempre à disposição do meu condomínio.
Fonte: SINDCONDOMÍNIO-DF.
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