Os restos da rocha implodida vão ser aproveitados no aterro das obras na saída norte

O uso do material reduzirá o valor das reformas na Ligação Torto-Colorado e no Trevo de Triagem Norte, que beneficiarão mais de 100 mil pessoas

As pedras que se formaram após as duas detonações da rocha feitas na saída norte serão usadas no aterro das obras da Ligação Torto-Colorado e no Trevo de Triagem Norte. Foto: Gabriel Jabur.
As pedras que se formaram após as duas detonações da rocha feitas na saída norte serão usadas no aterro das obras da Ligação Torto-Colorado. O reuso e a logística do transporte — uma vez que as pedras resultantes da implosão já estão no local — reduzirão o orçamento das construções de rodovias que pretendem desafogar o trânsito na região, por onde passam 100 mil motoristas por dia.

“A gente economiza porque não tem que fazer o transporte de toneladas de carga”, explicou Geraldo Silva, superintendente de obras do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF). A pedra gigante, de acordo com ele, fornece um material resistente que serve para os trabalhos na Ligação Torto-Colorado e no Trevo de Triagem Norte. O aterro será de aproximadamente 19 metros, o que permite o uso das pedras sem precisar processá-las. Elas serão cobertas por terra para que, depois, se construa sobre elas as rodovias.

Segundo o superintendente, só será possível dizer o valor economizado depois que a rocha – de 100 metros de cumprimento, 70 metros de largura e 8 metros de profundidade – estiver completamente dinamitada. Foram usadas 4,5 toneladas de dinamite nas duas implosões da pedra gigante, que ainda deve passar por mais seis detonações.


As obras da Ligação Torto-Colorado e do Trevo de Triagem Norte

Serão dez obras no Trevo de Triagem Norte, entre pontes, viadutos e túneis, feitas para distribuir o fluxo de veículos com destino ao Plano Piloto, levando ao Eixo Rodoviário Norte-Sul, à W3, aos Eixinhos Leste e Oeste e à L2. Somadas às passagens previstas na Ligação Torto-Colorado — construção de uma pista marginal à DF-003 e novos acessos aos condomínios —, serão 23 intervenções. No total, as benfeitorias vão custar R$ 207 milhões — R$ 146 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 51 milhões de contrapartida do governo de Brasília e R$ 10 milhões da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap).


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